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terça-feira, 20 de setembro de 2011

BÁRBAROS E BARBARIDADES!

- Bárbaros:


Arena está virando palco de Batalhas!
   Domingão, dia de jogo do Trétis, dia de almoço em família e dia também de ir ao jogo do Furacão na Arena. Após almoçar e dar aquela relaxada no sofá, parti rumo à querida Arena, palco de tantas alegrias que já tive nessa minha vida de Atleticano sofredor. Cheguei à casa de minha namorada, que reside à 2 quadras da Arena e por lá deixei meu carro. Rumei com ela para as dependências de estádio, a pé, como faço todo jogo do Trétis. Indo para o estádio, os tradicionais ambulantes oferecendo aquela “cerveja geladinha”, a rapaziada se amontoando pra comer um espetinho de gato e tudo mais. Chegando à esquina entre a Brigadeiro Franco e a Engenheiro Rebouças, a já famosa barreira policial. Continuamos andando e quando estávamos na metade da quadra, ouço o som de algo que parecia ser a trupe de Unos, liderados por Átila. Os cantos ecoavam odiosos, cheios de rancor e exaltação de uma “Zona”. Em nenhum momento ouvi alguma citação ao motivo maior que movimentava a maioria das pessoas que ali estavam: O Atlético Paranaense. Continuamos andando rumo às dependências da Arena e  nos dirigimos à entrada do lado da Arena Store. Enquanto andávamos, fiz breve revisão de valores, pensando que o foco desses caras só podia ser outro, já que saem lá de suas “zonas” pra vir até aqui cantando daquele jeito, com outros da mesma “zona” filmando tudo. Eu e muitos outros que olhavam meio ressabiados para aquilo tudo, estávamos ali por amor ao Atlético, com o
intuito de ajudar o clube nesse momento tão delicado. Subíamos as escadarias quando então chegamos ao topo do segundo lance de escadas. Nesse momento pude ouvir um som estranho vindo da Rua e quando me viro pra saber do que se tratava, presencio uma cena absurda, recheada de selvageria e falta de absolutamente TUDO! Elementos que corriam descendo a rua se confrontavam com elementos que subiam à rua. O que vi foram voadoras, socos, chutes e todo tipo de violência gratuita e inaceitável. À cavalo, 3 ou 4 policiais distribuíam pancada nos meliantes tentando com que dispersassem, tal como um de nós faria com cães que em alguma situação se atracam para demarcar território ou por um pedaço de carne. Enquanto isso ambos os lados, faziam com que uma chuva de pedras tomasse conta da entrada principal de uma PRAÇA ESPORTIVA. Saí dali quando ouvi os primeiros tiros de borracha, me lembrando do caso da menina Paranista que em meio a uma confusão dessas, foi atingida por uma bala de borracha no rosto, certa vez nos arredores da Arena.

   A situação está nesse pé, meus amigos. Ao lado de minha namorada na fila, um homem com um menino no colo segurava a criança em um dos braços enquanto levava a outra mão à cabeça, dizendo ter provavelmente sido atingido por uma pedra arremessada pelos bandidos.

Alguns "torcedores" perderam completamente o foco!
   A torcida organizada tem como essência e ideal, uma idéia interessante, porém foi-se o tempo em que se entrava para uma organizada para poder cantar mais perto da bateria e sentir mais de perto a vibração da mesma enquanto se cantava pelo Atlético. Infelizmente hoje, a organizada perdeu comando sobre a maioria de seus associados, já que esses agora já nem sabem mais o que é Atlético, já estão esquecendo o que é cantar até ficar rouco ao lado da bateria e só se preocupam em marcar confrontos como esse do último domingo e como tantos outros que já se viu nos arredores da Arena esse ano e no ano passado.

Não me interessa saber porque esses dois grupos tem desavença porque acho que brigar com torcida adversária já é absurdo. Brigar com quem teoricamente está vestindo as mesmas cores que você, é pecado. O fato é que já passou da hora do Atlético, como instituição interessada, tomar algum tipo de atitude. Sei que muitos dos que lá estavam promovendo chuva de pedras, sequer entram no estádio, porém qualquer dia desses, um confronto desses pode ocorrer dentro do estádio ou então alguém pode ser alvo fatal dessa brincadeirinha de ser mais machinho que o coleguinha.

   E se cairmos pra série B? Corremos o risco de presenciar na Arena fatos parecidos com os do Couto Pereira? Não sei. O que sei é que na multidão, basta que o primeiro machão pule a proteção de vidro, para que dezenas de outros machões pulem junto, e aí todos já sabem como a história acaba.

   É bom que o Atlético tome alguma medida imediatamente, ou quem pagará a conta dos galinhos de briga, seremos nós torcedores de bem, maioria absoluta no estádio e o próprio Clube. Sei que é meio absurdo ter de citar isso, mas antes de qualquer coisa, o futebol é um esporte, um lazer, um entretenimento. E os bárbaros, que eu saiba, já não existem mais à séculos.

SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!

Um comentário:

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