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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

NEM 8 NEM 80!

   Passadas 5 rodadas desde o início do famigerado ruralzão, já podemos ter pelo menos uma idéia de como estão as coisas no futebol do Trétis.

    No início do ano quando não apresentamos nenhum reforço, comentei com alguns amigos que se nosso técnico uruguaio conseguisse fazer nosso elenco atual dar um caldo, ele merecia uma placa na nova Arena. A verdade é que Carrasco tem virtudes e defeitos. Como pontos positivos, ele demonstra, por exemplo, poder de liderança sobre o grupo com o qual trabalha, gosta de jogar ofensivamente, mas mesmo assim vem conseguindo armar um esquema onde o time todo joga defensivamente sem a bola e parece gostar de fazer rodízio com os jogadores do elenco, assim dando chance para todos. Em contrapartida, Carrasco algumas vezes peca na maldita mania que todos os técnicos têm: a Síndrome da Invencionice Aguda.


   Nosso elenco é limitado, mas mesmo sendo modesto vem mostrando aplicação tática e bastante disposição. No futebol moderno carente de grandes talentos, ter esses 2 fatores é meio caminho andado. Alguns jogadores vêm sendo resgatados do limbo, como por exemplo, Bruno Mineiro e outros vêm sendo lançados aos poucos, como o jovem meia Harrison.

Harrison!
   Na tarde quente deste domingo em Cianorte, pela 5ª rodada de um dos campeonatos mais modorrentos do mundo, tivemos um jogo ganho, sendo complicado por uma invencionice de nosso técnico. Um primeiro tempo com 2 gols ao natural e bela apresentação de Harrison. O menino então, para surpresa de todos, foi sacado no intervalo dando lugar a Paulo Otávio, que pegou na bola 3 vezes. Um segundo tempo que tinha tudo para ser outro passeio de bola, se transformou num empate com direito a pressão dos donos da casa. O Cianorte é o melhor time do interior, mas não conseguiu jogar no primeiro tempo, porque foi sufocado e atacado o tempo todo. Com a “recuada” de Carrasco na segunda etapa, deixamos com que a equipe do norte crescesse e se sentisse a vontade para quase virar o jogo. Resumidamente, Carrasco conseguiu ser genial em sua substituição no intervalo. Perdeu o meio campo e a força de ataque, perdeu a bola parada forte, consagrou tal de Marquinhos do Cianorte que mais parece irmão do Bill e ainda nos deixou em situação de ter de vencer o clássico a qualquer custo. Mexida quatro em um!

   O fato é que temos que ter em mente que não é nem 8 nem 80. O time nem é tão bom como os resultados e os gols não sofridos vinham mostrando, nem tão ruim quanto foi no segundo tempo em Cianorte. Após o jogo, nas redes sociais, alguns já tentavam procurar culpados pela derrota dentro do campo político do clube. Esqueçam isso e torçam pelo Atlético. Assim como achava insuportável a pressão negativa que tivemos durante os 3 anos do mandato do Malucelli por parte da oposição da época, tenho achado um saco essa cobrança besta e precipitada à atual diretoria.

   Nosso elenco é jovem e limitado, mas está mostrando que sem os descomprometidos do ano passado, nossos queridos 50 emprestados, pode render mais, jogar mais unido e nos dar alegrias. O que não pode é torcedor comemorar 4 vitórias e um meio tempo bem jogado e mudar de opinião querendo que tudo imploda, quando o tropeço foi única e exclusivamente por culpa do técnico, ou alguém acha que os caras desaprenderam a jogar durante o intervalo?

   Aguardo os reforços, que são sim necessários, mas de forma alguma critico esse elenco que aí está. Tirando 2 ou 3 figuras com as quais não me identifico de forma alguma (Marcinho, Gustavo L. e Foguinho) o restante merece um voto de confiança da torcida.

   Nada de se iludir, nada de se revoltar. Nem 8 nem 80! 


SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!!!

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