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quinta-feira, 15 de maio de 2014

DUAS REALIDADES DISTANTES

   Uma noite com 2 prismas diferentes. Duas realidades ali, convivendo tão perto uma da outra. A sensação de estar sentado em uma cadeira confortável, com ampla visão do gramado remete àquela busca na memória dos jogos que vemos semanalmente dos grandes clubes da Europa. Uma iluminação que faz noite virar dia. Chuva e frio lá fora e o torcedor deixando casacos e blusas descansando nas cadeiras porque o caldeirão voltou a ferver e a temperatura lá dentro é agradabilíssima. Catracas que mais parecem vindas do futuro e um número de banheiros maior que o número de torcedores do Paraná Clube. Gramado que mais parece um tapete, impossibilitando qualquer tipo de desculpa esfarrapada. É a 4° geração da Baixada, o estádio que quanto mais velho, mais novo fica.

   Dentro de campo, a iluminação que mais parece um sol artificial, foi obrigada a iluminar a preguiça irritante de Felipe. Os banheiros foram atrativos bem mais interessantes do que ver mais uma atuação bizarra de Bruno Mendes. As catracas vindas do futuro validaram o acesso ao estádio mais moderno do país, mas para assistir um time que mais parece um catadão de final de semana. A temperatura ambiente de dentro do caldeirão não parece dar calor suficiente para assar o técnico que é o símbolo maior do nosso ano de 2014. Sentados em confortáveis cadeiras vimos a dobradinha de laterais esquerdos, um marcando o outro. Na frente, nosso oásis de lucidez e talento, Marcelo Cirino tendo seu talento podado ao ser escalado como “camisa 9”. Um time tão frágil quanto os ossos de um idoso de 100 anos. Como é fácil virar jogo em cima do Atlético de 2014. É só apertar um pouquinho e olhar com cara de mal.


   Em 2013, um Atlético padrão FIFA, atropelando adversários e fazendo história. Atuava em um estádio com 60 anos de defasagem que quanto mais velho, mais velho fica, mas o futebol era atualíssimo. Era divertido ver o Atlético jogar. A versão 2014 joga em um palco do futuro, mas parece não pertencer a aquilo tudo. Não combina ver Bruno Mendes, Cleberson e Paulinho Dias sendo iluminados pelo sol artificial que ilumina nosso futuro. Não adianta comprar uma cobertura em NY, de frente para o Central park e colocar meia dúzia de mendigos para morarem lá dentro. Não faz sentido.

SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS!

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