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segunda-feira, 30 de março de 2015

CAP, O MEU ATLÉTICO INTERINO

   Você conhece alguém que chame um afeto por siglas? Eu não consigo lembrar de ninguém que chame o amor da sua vida por uma sigla insossa, sem alma, sem paixão.

   O Atlético que aprendi a amar é e sempre será Atlético. O Atlético que amo nunca teve craques badalados, nem contratações de peso nem essas firulagens, no entanto sempre teve aquele tempero a mais, aquela garra, aquela vontade de atacar e vencer até jogo de botão. A torcida do meu Atlético é vibrante, canta alto, empurra os jogadores e vira comentário recorrente na boca dos adversários, "é, lá dentro é sempre muito complicado...". O meu Atlético sempre teve jogadores que batiam no escudo e se impunham dentro de campo, sempre teve aquele jogador que dava aquele pouquinho a mais numa dividida, num carrinho ou na cobertura de um companheiro. O Atlético que eu aprendi a amar tem cara de Libertadores, ganha com elencos mais fracos, porém fechados, perde, mas perde de cabeça erguida. O meu Atlético tem uma alma, é um estado de espírito, é uma outra dimensão. O meu Atlético nunca precisou de muito para me manter apaixonado, apenas a vontade e o interesse de querer sempre passar em cima, não importando se tratava-se do ridículo rival local, ou se de Santos, São Paulo ou River Plate.
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